
VIVEMOS UMA CRISE CLIMÁTICA
,
Atualmente, dentre os principais problemas a serem enfrentados pela humanidade, estão os riscos ecológicos e mudanças climáticas aceleradas em virtude da emissão de gases de efeito estufa pelas mais diversas ações antropogênicas desenvolvidas ao redor do globo. A elevação da temperatura terrestre ameaça não apenas a espécie humana, mas a própria sustentabilidade do meio ambiente nos seus ciclos vitais.
A emergência da preocupação com as questões climáticas a partir do século XX colocou em pauta a relação do homem com a natureza e trouxe severas críticas ao modelo de desenvolvimento capitalista que estimula o consumo exacerbado com base numa falsa noção de recursos naturais inesgotáveis. As atividades humanas realizadas com foco no crescimento econômico, no desenvolvimento tecnológico e industrial, bem como a intensa exploração dos recursos naturais, aceleraram as emissões e concentração de gases de efeito estufa na atmosfera ao longo do século passado e parecem seguir o mesmo ritmo neste século XXI.
Assim, o efeito estufa que, a princípio, é um processo natural do planeta que garante o desenvolvimento da vida em temperaturas razoáveis, passa a sofrer o impacto das ações antropogênicas, isto é, o aumento dos níveis de gases atmosféricos e, consequentemente, a elevação das temperaturas no globo o que, por sua vez, poderá levar à inviabilidade da vida na Terra.
Conforme aponta o Quinto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC), “de 1880 a 2012, a temperatura média global aumentou 0,85 °C [...] os oceanos se aqueceram, as quantidades de neve e gelo diminuíram e o nível do mar subiu”.
É provável, de acordo com o relatório, que no final deste século a temperatura média global continue a subir em virtude concentrações e emissões contínuas de gases de efeito estufa, os oceanos aquecerão e o gelo continuará a derreter. O documento ainda ressalta que essa mudança climática persistirá por muitos séculos, mesmo se as emissões forem hoje interrompidas.
Em 2018, a IPCC emitiu um relatório especial concluindo que limitar o aquecimento global a 1,5 °C seria muito mais seguro do que 2 °C, mas exigiria mudanças rápidas, profundas e sem precedentes em todos os aspectos da sociedade. O documento ainda destaca que as promessas realizadas no Acordo de Paris não são suficientes para limitar o aquecimento a 2 ou 1.5 °C e que o atraso no combate às emissões ocasiona impactos ambientais ainda mais graves.
Segundo WWF, outro relatório do IPCC do final de 2019 demonstra que mesmo que o clima se estabilize as mudanças continuarão e serão irreversíveis. Só o aumento do nível do mar afetará mais de um bilhão de pessoas até 2050.
Todo o planeta será afetado com os impactos das mudanças climáticas.
PRECISAMOS TORNAR ESSA CRISE VISÍVEL E REVERTER ESSE CENÁRIO COM URGÊNCIA!
Saiba mais sobre os diversos aspectos dessa crise


"A temperatura global já "atingiu 1ºC acima do nível pré-industrial", alertam os cientistas. Este aquecimento global deve-se às "emissões passadas e atuais de gases de efeito de estufa" e já há provas "esmagadoras de que isso pode provocar profundas consequências para os ecossistemas e as pessoas"

DESTRUIÇÃO DE ECOSSISTEMAS
As mudanças climáticas poderão provocar alterações dramáticas em diversos ecossistemas de nosso planeta, como as florestas tropicais, as geleiras dos pólos e os recifes de corais
desertificação
Um aumento da temperatura do planeta entre 2 e 3 ºC poderia colocar em risco 43% das florestas e suas espécies, e que 40% das florestas da Amazônia poderiam se transformar em ambientes com estrutura similar a de um cerrado muito mais pobre em diversidade de espécies
QUEIMADAS
Com cerca de 4.700 espécies, incluindo plantas e vertebrados, o Pantanal perdeu até outubro de 2020, em razão das queimadas, 23% do bioma. Espécies endêmicas de animais e plantas podem ter sido perdidas para sempre
PANDEMIAS
As causas da perda de biodiversidade - desmatamento, agricultura insustentável e comércio ilegal de animais selvagens - também estão contribuindo para o surgimento de doenças zoonóticas, como a COVID-19
EXTINÇÃO
Espécies como os ursos polares estão ameaçadas de extinção em razão do crescente derretimento de seu habitat natural nas geleiras polares
Desmatamento
Hoje existem apenas 1864 pandas no mundo, sendo uma espécie extremamente vulnerável por sofrer historicamente com a caça e o desmatamento do bioma em que vive
QUEIMADAS
A Austrália tem a pior taxa de extinção de mamíferos de qualquer país do mundo, e os incêndios florestais do verão de 2019-20 só pioraram muito a situação
CONTAMINAÇÃO
O total de petróleo retirado das praias brasileiras desde 2019 é o suficiente para encher 37 mil barris de 159 litros. Lado a lado, esses barris seriam suficientes para percorrer com sobra toda a muralha da China ou, se empilhados, fazer 123 torres do mesmo tamanho da famosa Torre Eiffel (em Paris).